Flávia Addor explica que o produto precisa ter proteção contra os raios ultravioleta A e B, ser compatível com o tipo de pele, resistir bem à água e ao suor e não provocar acne ou irritações. O fator de proteção solar (FPS) deve ser de 15 ou mais.
"O filtro solar deve ser usado sempre. Sabemos atualmente que mesmo o sol do dia-a-dia, que parece não queimar, já leva a danos microscópicos e progressivos na pele. A radiação ultravioleta existe da manhã até o anoitecer", diz a dermatologista.
Como saber se produto é indicado para minha pele?
Peles secas combinam com texturas cremosas, que protegem e hidratam. Já as oleosas são mais compatíveis com loções e produtos que não obstruem os poros (não-comedogênicos). Pessoas com pele sensível, crianças e bebês devem preferir produtos hipoalergênicos, sem fragrância ou corantes e livres de ácido 4-aminobenzóico, também conhecido como PABA e presente em alguns protetores.
O que a pessoa deve fazer na praia ou na piscina para estar bem protegida?
A dica da médica é escolher um produto resistente e com fator de proteção solar adequado ao seu tipo de pele (nunca menor que FPS 15) e usar chapéu, óculos escuros e camisetas de cor clara, que refletem os raios solares. É importante lembrar de reaplicar o produto de duas em duas horas e depois de exercícios ou mergulhos, de preferência com a pele seca.
Quem precisa de mais proteção pode comprar chapéus, bonés, camisetas e luvas com filtro UV, à venda em algumas lojas de cosméticos importados. Não esqueça de espalhar o protetor pelo corpo cerca de meia hora antes de se expor ao sol.
Qual a diferença entre os raios UVA e UVB?
"O UVB produz a vermelhidão típica das queimaduras e é o principal causador do câncer de pele. Esse tipo de raio é mais forte entre as 10h e 15h. Já os raios UVA são os que causam o envelhecimento precoce e sua incidência é forte o dia inteiro", diz.
Quais os riscos de se queimar demais?
Os riscos são vários. Imediatamente, a pessoa corre o risco de ter bolhas, desconforto e o eventual aparecimento de manchas na pele. Com o tempo, as queimaduras podem causar danos graves ao DNA das células, levando ao câncer de pele", explica a médica.
Me queimei demais, e agora?
É importante evitar o sol até as queimaduras desaparecerem e ingerir bastante água. Compressas frias aliviam o incômodo, mas não coloque gelo diretamente sobre a pele. Fórmulas caseiras e cremes pesados também são contra-indicados. A melhor opção são os hidratantes suaves e sem perfume com camomila e aloe vera. Se a dor for muita, analgésicos orais podem ajudar. Em casos de bolhas, procure orientação de um médico.
via: o globo
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